Elevador do cais

Desde que cheguei a Lisboa nutro curiosidade sobre a utilização dos elevadores de cais presentes no metro (é realmente sem acento), os quais ligam o cais a saída para as catracas. Minha curiosidade está pautada no simples fato de que ninguém os usa! Eles estão lá, mas as pessoas passam reto para as escadas. Eu, novata que sou nesses assuntos, observava sem entender nada e seguia o fluxo. Afinal, quem sou eu para ir contra? Até porque normalmente não dava sorte e o elevador sempre estava no outro andar quando passava.

Dia desses ao descer da carruagem (chique bem! Vagão aqui é carruagem, tá fofis?), o dito-cujo estava lá! Um homem empurrava um carrinho de bebê adentro, seguido por uma criança mais velha. Apertei o passo e alcancei a porta ainda aberta, seguida por meu namorado a questionar primeiro com os olhos e depois, sem obter respostas, com a boca mesmo “Por que por aqui?”, “Quero saber se é mais rápido”.

Não foi. 

Já havia notado, além da família com o carrinho, mais um casal de idosos ali e, quando a porta já estava fechando surgiu mais um. E outro e mais outro e sempre que a porta estava prestes a fechar (que porta lerda, minha gente!), aparecia outro. Aquela porcaria de elevador é enorme e, naquele dia em específico, como haviam velhinhos no metro! Não sei se era alguma reunião, algum campeonato de xadrez na praça ali ao lado ou a Lei de Murphy, só sei que saímos dali quando o próximo metro chegou! Com o elevador repleto de vovozinhos. 

Desde então, só uso as escadas.

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